Jornalista Gabi Furst passa a integrar a equipe da emissora pública mineira com informações da Europa


A jornalista Gabi Furst chega à Rede Minas marcando a história da imprensa brasileira e da emissora pública mineira como a primeira TV aberta do país a ter, em seu quadro, uma correspondente internacional travesti. A repórter vive atualmente em Berlim, na Alemanha, e vai contribuir com reportagens da Europa com relevância em Minas Gerais e no Brasil. Nesta quarta (7), Gabi Furst entra no Jornal Minas 2ª Edição com as informações do Conclave e os 80 anos da Segunda Guerra Mundial.
O debate sobre discriminação e diversidade é prática corriqueira na conduta da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), gestora das emissoras públicas mineiras. “Temos que valorizar os profissionais pela sua expertise e essa é a regra que adotamos na Rede Minas e na Rádio Inconfidência. Nos sentimos orgulhosos em dar mais esse passo na história da TV brasileira”, disse Gustavo Mendicino, presidente da EMC. Essa é, também, a opinião do diretor de Conteúdo e Programação, Leonardo Vitor. “Apostamos na qualidade e na inclusão. Essas são as premissas para a escolha de profissionais que vão somar o nosso corpo técnico”, falou.
Experiência é que não falta a Gabi Furst. A repórter já pertenceu ao quadro da Rede Minas antes da transição de gênero, somando a equipe do Brasil em Rede, primeiro telejornal nacional feito fora do eixo Rio-São Paulo. Na época, foi responsável por coberturas importantes, como a Copa do Mundo na Rússia, em 2018.
Além da Rede Minas, Furst contribuiu com reportagens para O Globo, O Estado de São Paulo, CBN, Globo, SBT e Itatiaia. Entre os veículos internacionais, tem passagens pela Rádio França Internacional (RFI), a alemã Deutsche Welle, o israelense Haaretz, a argentina Buenos Aires Times, a chilena Cooperativa e a cubana Metropolitana.
A jornalista comemora a entrada na emissora mineira. “Para mim é algo ainda não visto que pode, para muitas pessoas, assustar um pouco, mas é simplesmente a realidade. O jornalismo está aí para falar de todos. Estou muito feliz de ser quem eu sou e fazer o que eu gosto, que é para o bem da humanidade, principalmente pela divulgação dos direitos humanos, que é a acessibilidade, o direito à vida. E acho que trabalhar para a Rede Minas é isso”, disse.
Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), não existe levantamento sobre o número de correspondentes internacionais brasileiros trans, mas a entidade afirma desconhecer profissionais com este perfil ligados à TV, no país. A Rede Minas dá exemplo de promoção da igualdade, ao mercado, prezando a competência profissional e não o gênero.
O Jornal Minas 2ª Edição vai ao ar de segunda a sexta, às 18h30, pela Rede Minas e na plataforma gratuita de streaming Minasplay.